[sempre de acordo com a antiga ortografia]

terça-feira, 9 de agosto de 2011


Revendo a última cena
de "A Morte em Veneza" *


Esta é daquelas obras que, vindas da Literatura, neste exemplo, do romance homónimo de Thomas Mann, caem nas mãos de grandes cineastas - como o do caso vertente, também um homem do teatro e da ópera, tipo absolutamente paradoxal, o duque comunista Luchino Visconti - capazes de as transformar, quais novelos de palavras, em produtos cujas imagens e sons se integram e interagem de forma perfeita
.
imagens belíssimas são 'servidas' por uma banda sonora magistral da qual se destacou - para nunca mais voltar a ser o que sempre fora, ou seja,'apenas' um dos andamentos de uma sinfonia - aquele adagietto da 5ª de Mahler. Para conceber um filme que é obra-prima do Cinema, Visconti vampirizou obras-primas da Literatura e da Música. O resultado, aquela inolvidável simbiose de Artes, verteu-se numa síntese que emociona até às lágrimas mais bonitas, brotando de olhos esmagados, esbugalhados de tanta Beleza.


* num comentário (08.08.11) ao visionamento proposto por José Manuel Anes no facebook


1 comentário:

Carlos Sousa disse...

Era a última coisa que esperava agora ver publicada no seu blogue. Mas acho que fez muito bem em "importá-la" do facebook. Para mim Morte em Veneza é um dos filmes mais bem conseguidos de toda a história do Cinema. Concordo totalmente com a sua opinião. Obrigado, Carlos Sousa