[sempre de acordo com a antiga ortografia]

sexta-feira, 25 de maio de 2012




Básico...


Portugal, que não é um pais sequer próximo da média europeia, há décadas que vem sendo governado como se o fosse, ignorando que a vigente taxa de analfabetismo, equivale a cerca de um milhão de cidadãos. Aliás, condicionado por matriz tão limitativa, é que o país também continua a evidenciar resultados tão negativos.
Tão elevado número de pessoas constitui não uma ilha mas, isso sim, um arquipélago de subdesenvolvimento, espantosamente disseminado no tecido social, uma vez que a cada analfabeto correspondem mais dois/três indivíduos que, de algum modo, também foram e/ou são afectados pelo fenómeno.

A meio da década de oitenta do século passado, tendo havido vergonha de escancarar à devassa europeia, as entranhas de um país atrasado, Portugal parou o investimento na Educação de Base de Adultos, como era inequivocamente necessário, comprometendo todo o trabalho concretizado previamente, na sequência do Vinte e Cinco de Abril.

Passou-se para um regime de Liberdade mas, como se impediu que os cidadãos se preparassem para a vida em Democracia, comprometeu-se todo um programa de desenvolvimento sustentado na mudança de mentalidades e o resultado plasma-se nas inquietantes perversidades em que o regime democrático português é tão fértil.
Nestes termos, a República não pode dispensar o funcionamento de uma Comissão Nacional Interministerial promotora das medidas afins à Educação de Base de Adultos, privilegiando a intervenção interdepartamental, nos termos de um cronograma justo e ajustado às características socioculturais do país.





 


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