[sempre de acordo com a antiga ortografia]

segunda-feira, 21 de maio de 2012



Merecidíssimo!

(inicialmente no fb em 14 do corrente)

 "Uma visita ao PALÁCIO DE MONSERRATE e ao CHALET DA CONDESSA D'EDLA, distinguidos com o Prémio Grémio Literário 2011, é um dos passeios do Diário Câmara Clara desta noite. Os guias são a jornalista Inês Forjaz e António Lam...
as, que lembra que "as obras de restauro continuam; o nosso método é abri-las ao público, ou seja, abrir para obras, fazer com que o público não só as veja depois de terminadas, mas acompanhe o rigor, a lentidão, a dificuldade e a complexidade que as obras de restauro implicam".

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Como sócio [Nº 1132], muito me congratulo que o «meu» Grémio Literário tenha sabido distinguir estas obras. Trata-se de Portugal no seu melhor. Ao Grémio, prestigiada casa de Cultura, sempre muito atento, não podia escapar esta oportunidade. Ao 'Câmara Clara', que também muito honrado fica por se tornar público veículo de tão feliz cúmulo de circunstâncias, os merecidos parabéns.

Porém, tudo isto era perfeitamente previsível. Na realidade, a partir do momento em que a Parques de Sintra Monte da Lua - empresa pública que gere o mais sofisticado património de Sintra, desde Palácio e Parque de Monserrate, Castelo dos Mouros, Palácio e Parque da Pena, Capuchos, Palácio Nacional de Sintra e Palácio de Queluz, entre outros - passou a ter como seu Presidente do Conselho de Administração o Prof. Doutor Engº António Ressano Garcia Lamas, tal prática de acompanhamento das obras de restauro passou a ser vigente.

Mas bom será que tanto os munícipes de Sintra, em particular, como os visitantes, em geral, compreendam que estas são mesmo obras geracionais. Monserrate, por exemplo, tinha chegado a um estado de calamidade tal que cheguei a pensar ter-se esgotado o tempo que permitiria o tipo de intervenção que está sendo concretizada. Felizmente, começou-se mesmo no limite.

O que se está a passar com a recuperação dos bens patrimoniais dependentes da PSML é, não tenho a menor dúvida em afirmá-lo, do melhor que conheço. Como a notícia supra também alude ao Chalet da Condessa, no Parque da Pena, gostaria de vos sugerir que não percam a oportunidade de visitar.

Actualmente, em fase de estudo quanto ao recheio, o momento que se vive é do maior interesse para quem se interessa por este universo de preocupações. Impõe-se a vossa visita. Ninguém me incumbe desta atitude de divulgação e promoção mas, como militante da defesa e preservação do património, outra não pode ser a minha atitude.

E, como não quero deixar-vos sem música, para já, vos proponho que comecem a alimentar um percurso virtual nas imediações do Chalet da Condessa... Numa belíssima interpretação de Anne Evans, com a BBC National Orchestra of Wales, sob a direcção de de Tadaaki Otaka, 'Der Angel', uma das "Wesendonck Lieder', recordem-se, chega aqui na sequência do ciclo que, ainda não há muitos dias, convosco partilhei.

Pois, então, partilhem também o segredo que agora ficam a saber: sonho com o fim de tarde em que, naquele ninho de amor recém reconstruído, possa assistir a um recital cujo programa inclua, precisamente, os 'Wesendonck Lieder' de Richard Wagner. Dificilmente encontraria maior afinidade entre as peças e lugar tão sofisticadamente apropriado.

Boa audição!

http://youtu.be/FpCoauKnXXQ
 

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