[sempre de acordo com a antiga ortografia]

quinta-feira, 25 de outubro de 2012




Volta do Duche,
às voltas com o tempo que passa [II]


Naturalmente, quanto mais não seja para efeitos de arquivo, passo a transcrever a seguinte troca de comentários suscitados por um texto que subscrevi e ontem aqui publiquei. Como poderão verificar, introduzi parágrafos e, entre parêntesis rectos [ ], acrescentei um esclarecimento:

Ana Simão:
Boa noite João, estes Plátanos foram retirados. Os que lá estão hoje (na sua maioria) podados /torturados tinham (no projeto) um contorno de proteção das raízes igual ao diâmetro da sua copa (antes da poda) … Outra notinha nunca existiu nem foi “celebrado o protocolo de construção” mas sim um “concurso de obra”. E havia uma candidatura aprovada ao programa comunitário “Pólis para Centros Históricos” e um financiamento por parte do Fundo de Turismo, que financiavam (mais ou menos) 90% todo o projeto e construção.

João De Oliveira Cachado:

Obrigado pelos esclarecimentos. De facto, a memória traíu-me em relação ao «protocolo», assim grafado, porque tenho ideia de ter sido celebrado um documento que tal e assim mesmo designado.

Lembro-me de que, no projecto, os plátanos tinham, sim senhor, um 'contorno de protecção'. Mas tanto o Prof. Caldeira Cabral como o Arq. Gonçalo Ribeiro Telles, [aderentes, amigos e consultores do então Movimento Cívico de Sintra] consideraram esse recurso como algo perfeitamente repudiável em termos da salvaguarda das espécies em questão.

Claro que conheço a história recente e remota do local, lembro-me perfeitamente de como era nos anos cinquenta, sei quais foram as árvores substituídas. E, minha cara Ana Simão, até podia haver ouro em pó ou em barras para construir a coisa. A verdade é que foi repudiada e a população, naturalmente, arcou com as consequências da actuação da sua intervenção cívica.

Todas as forças partidárias concorrentes às eleições que substituiram o executivo de Edite Estrela se comprometeram a não concretizar o projecto quando perceberam a força residual da população e dos aliados que tinha conseguido conquistar para a luta.

Não há dúvida também de que este episódio comprometeu decisivamente qualquer veleidade que Edite Estrela tivesse no sentido de permanecer mais um mandato. Uma das coisas que se evidenciou foi a evidente fragilidade da então Presidente que se afirmava agente de cultura e que, tão manifestamente, subscrevia uma atitude de lesa cultura.

Por outro lado, lembro-me perfeitamente das barbaridades afirmadas pelo então Vereador da Cultura em quem Edite Estrela terá descansado quanto à defesa das suas cores e que só a colocou mal.

Enfim, águas passadas mas, jamais, águas esquecidas porque, reafirmo-o, com a maior veemência, foi um processo paradigmático de intervenção cívica e de tanta valia que, pouco tempo depois, o semanário 'Expresso' considerava o que tinha acontecido em Sintra como perfeitamente representativo e, lá está, exemplar em termos de cidadania.

Ana Simão:
Sem dúvida opiniões e visões diferentes... fundamentadas em informações diferentes!

que lá estão hoje (na sua maioria) podados /torturados tinham (no projeto) um contorno de proteção das raízes igual ao diâmetro da sua copa (antes da poda) … Outra notinha nunca existiu nem foi “celebrado o protocolo de construção” mas sim um “concurso de obra”. E havia uma candidatura aprovada ao programa comunitário “Pólis para Centros Históricos” e um financiamento por parte do Fundo de Turismo, que financiavam ( mais ou menos) 90% todo o projeto e construção.

João De Oliveira Cachado:
Obrigado pelos esclarecimentos. De facto, a memória traíu-me em relação ao «protocolo», assim grafado, porque tenho ideia de ter sido celebrado um documento que tal e assim mesmo designado.

Lembro-me de que, no projecto, os plátanos tinham, sim senhor, um 'contorno de protecção'. Mas tanto o Prof. Caldeira Cabral como o Arq. Gonçalo Ribeiro Telles, [aderentes, amigos e consultores do então Movimento Cívico de Sintra] consideraram esse recurso como algo perfeitamente repudiável em termos da salvaguarda das espécies em questão.

Claro que conheço a história recente e remota do local, lembro-me perfeitamente de como era nos anos cinquenta, sei quais foram as árvores substituídas. E, minha cara
Ana Simão, até podia haver ouro em pó ou em barras para construir a coisa. A verdade é que foi repudiada e a população, naturalmente, arcou com as consequências da actuação da sua intervenção cívica.

Todas as forças partidárias concorrentes às eleições que substituiram o executivo de Edite Estrela se comprometeram a não concretizar o projecto quando perceberam a força residual da população e dos aliados que tinha conseguido conquistar para a luta.

Não há dúvida também de que este episódio comprometeu decisivamente qualquer veleidade que Edite Estrela tivesse no sentido de permanecer mais um mandato. Uma das coisas que se evidenciou foi a evidente fragilidade da então Presidente que se afirmava agente de cultura e que, tão manifestamente, subscrevia uma atitude de lesa cultura.

Por outro lado, lembro-me perfeitamente das barbaridades afirmadas pelo então Vereador da Cultura em quem Edite Estrela terá descansado quanto à defesa das suas cores e que só a colocou mal.

Enfim, águas passadas mas, jamais, águas esquecidas porque, reafirmo-o, com a maior veemência, foi um processo paradigmático de intervenção cívica e de tanta valia que, pouco tempo depois, o semanário 'Expresso' considerava o que tinha acontecido em Sintra como perfeitamente representativo e, lá está, exemplar em termos de cidadania.

Ana Simão:
Sem dúvida opiniões e visões diferentes... fundamentadas em informações diferentes!

que lá estão hoje (na sua maioria) podados /torturados tinham (no projeto) um contorno de proteção das raízes igual ao diâmetro da sua copa (antes da poda) … Outra notinha nunca existiu nem foi “celebrado o protocolo de construção” mas sim um “concurso de obra”. E havia uma candidatura aprovada ao programa comunitário “Pólis para Centros Históricos” e um financiamento por parte do Fundo de Turismo, que financiavam ( mais ou menos) 90% todo o projeto e construção.

João De Oliveira Cachado:
Obrigado pelos esclarecimentos. De facto, a memória traíu-me em relação ao «protocolo», assim grafado, porque tenho ideia de ter sido celebrado um documento que tal e assim mesmo designado.

Lembro-me de que, no projecto, os plátanos tinham, sim senhor, um 'contorno de protecção'. Mas tanto o Prof. Caldeira Cabral como o Arq. Gonçalo Ribeiro Telles, [aderentes, amigos e consultores do então Movimento Cívico de Sintra] consideraram esse recurso como algo perfeitamente repudiável em termos da salvaguarda das espécies em questão.

Claro que conheço a história recente e remota do local, lembro-me perfeitamente de como era nos anos cinquenta, sei quais foram as árvores substituídas. E, minha cara
Ana Simão, até podia haver ouro em pó ou em barras para construir a coisa. A verdade é que foi repudiada e a população, naturalmente, arcou com as consequências da actuação da sua intervenção cívica.

Todas as forças partidárias concorrentes às eleições que substituiram o executivo de Edite Estrela se comprometeram a não concretizar o projecto quando perceberam a força residual da população e dos aliados que tinha conseguido conquistar para a luta.

Não há dúvida também de que este episódio comprometeu decisivamente qualquer veleidade que Edite Estrela tivesse no sentido de permanecer mais um mandato. Uma das coisas que se evidenciou foi a evidente fragilidade da então Presidente que se afirmava agente de cultura e que, tão manifestamente, subscrevia uma atitude de lesa cultura.

Por outro lado, lembro-me perfeitamente das barbaridades afirmadas pelo então Vereador da Cultura em quem Edite Estrela terá descansado quanto à defesa das suas cores e que só a colocou mal.

Enfim, águas passadas mas, jamais, águas esquecidas porque, reafirmo-o, com a maior veemência, foi um processo paradigmático de intervenção cívica e de tanta valia que, pouco tempo depois, o semanário 'Expresso' considerava o que tinha acontecido em Sintra como perfeitamente representativo e, lá está, exemplar em termos de cidadania.

Ana Simão:
Sem dúvida opiniões e visões diferentes... fundamentadas em
 

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