[sempre de acordo com a antiga ortografia]

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013




Mau tempo em Sintra


[Texto publicado no facebook em 19 de Janeiro de 2013]
 

 Já tenho partilhado convosco a minha prática diária de uma hora de caminhada, esteja onde estiver, faça o tempo que fizer. E, por vezes, como hoje, chovendo e com vento insuportável, o quadro não é nada convidativo. Mas, absolutamente formatado para os meus seis quilómetros da ordem, lá fui pelo percurso mais frequente, ou seja, desde minha casa, junto ao Centro Cultural Olga Cadaval, Correnteza, Alfredo da Costa, Volta do Duche, Palácio da Vila, Pisões, Regaleira, e por ali abaixo até ao desvio para a Fonte dos Amores, local onde retrocedo.

Tanto quanto me parece, pelo que senti, vi e me apercebi, por estas bandas, a situação é preocupante. Há muitas árvores rachadas, caídas por aí fora, em especial na Volta do Duche, junto ao muro da quinta que bordeja o passeio do lado esquerdo em direcção ao centro histórico, onde há espécimes de considerável altura mas de tal forma desguarnecidos que, em condições congéneres, estes episódios sucedem-se.

Mais ou menos longe, mesmo não avistando os carros de bombeiros, as sirenes bem davam conta do desusado movimento de socorro em acção. Continuando o meu vaivém, tropecei em imensos troncos, tronquinhos, ramos, muitos ramos e volumosas ramadas que as rajadas foram arrancando. Olhando para cima, em direcção ao Castelo dos Mouros e à Pena, tive a certeza de que as coisas não poderiam deixar de ameaçar consequências desagradáveis.

De qualquer modo, a dança das árvores, a firmeza de algumas centenárias, grossas, quase impávidas, enquanto à sua volta tudo anda num virote, a chuva abatendo-se em bátegas espessas, descendo e redopiando à velocidade das rajadas, o ranger das madeiras doridas da violência dos elementos, meu Deus, como tudo isto é belo, especialmente contundente mas belo, num ritmo que o nosso entendimento dificilmente acompanha em todo o detalhe.

Regresso a casa, ao conforto possível. De manhã ainda se circulava mas, acabo de saber que o trânsito foi cortado junto aos Paços do Concelho, onde a vereação tem estado reunida para acudir às emergências. Oxalá possa haver a competente resposta que os cidadãos esperam.

A propósito de competência, por me parecer conveniente, passo a dar conhecimento de uma nota que hoje me enviou Maria do Céu Alcaparra, do Gabinete de Comunicação da Parques de Sintra Monte da Lua:

“A Parques de Sintra, empresa responsável pela gestão de áreas como os Parques da Pena e Monserrate, Castelo dos Mouros e Convento dos Capuchos, em Sintra, esclarece o seguinte:

No seguimento das condições meteorológicas dos dias 18 e 19 de Janeiro, verificou-se a queda de muitas árvores na Serra de Sintra não se registando quaisquer feridos ou danos de maior.
No entanto, os Parques da Pena e Monserrate, Castelo dos Mouros e Convento dos Capuchos estarão encerrados ao público durante este fim de semana, no sentido de se removerem as árvores e ramos caídos, reabrindo apenas na Segunda-feira, dia 21 de Janeiro.

Na manhã de hoje (19 de Janeiro), alguns turistas ficaram retidos no Parque da Pena devido às árvores caídas na estrada. Para que não ficassem desabrigados durante o processo de desimpedimento da estrada, a Parques de Sintra disponibilizou espaços onde puderam permanecer até a mesma ser desimpedida. Neste momento já todos os turistas regressaram aos seus pontos de origem, não se tendo registado quaisquer incidentes ou problemas."

Finalmente, se alguém precisar de algum esclarecimento adicional fará o favor de contactar Parques de Sintra - Monte da Lua, pelo telefone 219 237 309 / 92 549 55 41 ou correio electrónico, maria.alcaparra@parquesdesintra.pt
 
 
 

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