[sempre de acordo com a antiga ortografia]

quinta-feira, 22 de maio de 2014



Fernando Roboredo Seara, a 'Democracia híbrida', memórias deTurim e
palavras da Senhora Marquesa de Cadaval
 

[facebook, 21.05.2014]


Conheço bem Turim, capital do Piemonte, cidade estupenda, cidade de trabalho e de trabalhadores, cidade de Cultura. O meu pai mantinha negócios com amigos industriais da região e, «oportunista» como era, quando nos ofereceu a viagem de casamento, incluiu Turim no circuito para que eu não deixasse de fazer um contacto que muito lhe interessava... Nada me custou e, mais uma vez, nessa altura - há quase quarenta e cinco anos!... - fomos muito bem recebidos pelos amigos que nos cumularam de provas de simpatia. Dias inesquecíveis.

Agora, mais atinente com o seu texto, a memória de alguém que ambos tanto prezamos. Como o meu amigo bem sabe, a Senhora Marquesa de Cadaval era natural de Turim. Dela são as palavras que lhe quero lembrar, as últimas palavras do documentário biográfico que, sob a sua presidência, a
Câmara Municipal de Sintra teve oportunidade de patrocinar. São palavras de testamento de vida, que bem se adequam à reflexão que desenvolve neste seu lúcido e pertinente artigo. Dizia a Senhora Marquesa:

"(...) Isto, evidentemente, mudou muito, alguma coisa boa há-de sair. Há sempre bom e mal em tudo. Agora, neste momento de crise por toda a parte, se Deus quiser, hão-de surgir coisas boas com certeza. Artistas há sempre e não é a política que os manda calar." De facto, o melhor da Democracia, mesmo desta 'Democracia híbrida' que vivemos, é a Liberdade. E a Liberdade é condição sine qua non da Arte e da criação artística, sem dúvida alguma, o melhor de que o Homem é capaz.

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