[sempre de acordo com a antiga ortografia]

sexta-feira, 17 de março de 2017




Festival de Sintra
diálogo entre melómanos
[no facebook]
Caro João De Oliveira Cachado é no mínimo de grande inocência poder comparar, mesmo que proporcionalmente ou metaforicamente, o Festival de Sintra ao de Salzburg. O que se pode dizer é que em tempos passados, com um orçamento reduzido, se conseguia fazer uma programação óptima, essa sim que nos podia fazer lembrar - mesmo que não comparável - com o Ciclo de Piano do Festival de Verão de Salzburg!

Absolutamente, caro Bruno Caseirão! O mínimo que podemos partilhar é a certeza de que, para assim ter acontecido, pessoas havia «no circuito» do Festival de Sintra inequivocamente determinantes. Os seus contactos nacionais e internacionais, o enorme saber que detinham, possibilitavam a mobilização das melhores vontades no sentido de que o Festival de Sintra pudesse ter sido um verdadeiro assombro.
Claro que, imediatamente, todos nos lembramos da Senhora Marquesa de Cadaval. Porém, outros nomes importa ter em consideração para que sejamos justos no rol das memórias. Os casos de João Paes, Luís Santos Ferro, o Director Artístico Luís Pereira Leal que, depois de décadas dos mais notáveis serviços, foi «despedido» pelo actual executivo, liderado pelo Dr. Basílio Horta, com uma lamentável carta formal que, em idênticas circunstâncias, envergonharia qualquer entidade remetente...
Lembrar funcionários da Câmara Municipal de Sintra, dedicadíssimos à «causa do Festival» - testemunho eu sou da sua preocupação com todos os detalhes afins da qualidade - como a Dra. Ana Alcântara, ou o Dr. Mário João Machado.
E, apenas para mencionar o período post 25 de Abril, Presidentes da Câmara Municipal de Sintra como Távares de Carvalho, Edite Estrela e Fernando Roboredo Seara que, ao contrário do que, infelizmente, agora acontece bem podem ser lembrados por terem honrado o nobre legado que receberam.
Em conclusão, todas, todas as iniciativas que perduram, culturais e de outros domínios, podem atravessar períodos melhores e piores. Porém, quando, como actualmente sucede com o Festival de Sintra, o nível atingido é o que se verifica, bem nos podemos remeter aos limites do que é e do que não é tolerável.

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